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A importância dos rótulos: Femismo e Machismo

Sem a rotulagem, isto é, um termo que expressa um conteúdo, há a necessidade de identificar a essência, num processo de investigação do conteúdo. Com a rotulagem não, o rótulo diz tudo, o rótulo expõe o conteúdo.

O fato é que o receptor frente a um rótulo tem seus estímulos aguçados, carreia de imediato o modo de pensar num direcionamento, torna simples o que seria complexo ou mesmo impossível de perceber, simplesmente visualiza melhor, muito melhor.

Rótulo significa algo, bom ou ruim. Dá pronta indicação do que se refere.

Um bom exemplo é a palavra machismo que constitui um rótulo para designar a discriminação de sexo. Essa palavra diz tudo, carrega um peso enorme, sozinho repele tal essência.

À semelhança, difundiu-se socialmente, mesmo sem constar nos dicionários tradicionais, a palavra femismo que similarmente ao termo machismo está aí a indicar uma discriminação, mas praticada contra o homem.

Segundo define o léxico virtual:

"Femismo é um neologismo e seu significado possui uma carga ideológica muito grande. É uma expressão que hipoteticamente significaria um conjunto de ideias que considera a mulher superior ao homem, e que, portanto, deveria dominá-lo. Como um machismo às avessas" ( disponível em  http://dicionario.babylon.com/femismo/ - Acessado em 14.abr.2011).

É um termo que vem se popularizando e tem se mostrado útil para combater discriminações sofridas pelo gênero masculino, o que somente ocorre quando as discriminações são reconhecidas, tidas como existentes, quando são visíveis.

O mal que não é detectado não é combatido.

O gênero incluso na composição dos termos sexistas facilita a assimilação, explica claramente em que pólo se situa os prejudicados. Daí ser um mecanismo muito eficiente para atingir o propósito denunciante de culturas ou políticas sexistas.

Muitas vezes, as pessoas usam outras palavras, por vezes até com significado diverso do oficial para esse fim.

No mínimo ao usar uma expressão no lugar de outra socialmente convencionada, é desconsiderar o poder do rótulo, aí perdendo, e muito, o poder de expressão da carga denunciante.

Não é só.

Usar outra palavra, que na sua simbologia consagrada indica outro sentido, justamente para retaliá-la por um significado diverso que o interlocutor quer lhe atribuir, dificulta o diálogo, gera desnecessária rejeição e discussão. Ao emissor, assim procedendo, restará apenas suportar esse desgaste.

Com isso desloca-se a conversação da realidade consistente nas discriminações que afetam o gênero masculino, para o significado do rótulo.

O significado do rótulo deve ser de visualização universal, com termos induvidosos.

É verdade também que há outros termos indicativos de discriminação, como o termo sexismo, mas este é gênero do qual o femismo vem se cunhando pelo uso popular como espécie.

Há também expressões mais antiquadas, desconhecidas e de pouca carga na propulsão do seu conteúdo, que acabam por não carregar simbologia.

Devem também ser preferidas expressões (rótulos) que podem ser fácil e utilmente trazidas para o meio social diário, eis que é importante agregar norte à consciência coletiva, à politização. Pouco adianta termos de uso restrito a grupos, sem eco social.

O termo femismo tem mostrado facilidade de ser reconhecido como esse rótulo indo além do uso por ativistas masculinistas, portanto apto a atingir esse fim.

Também é irrelevante quem cunhou esse termo, que, devido ao enorme potencial que detém vem sofrendo críticas de grupos que tentam omitir as discriminações sofridas pelo gênero masculino. Basta uma busca no google para notar esse fato.

Quanto a ser um neologismo, convém lembrar que todas as expressões em algum momento começaram a ser utilizadas, não nasceram consagradas. Daí vale o esforço com esse fim.

E, salvo se já de uso corrente entre os interlocutores, convém registrar sua definição.

A vida do rótulo ultrapassa o momento que é empregado, pois seu poder de perpetuação faz aquela mensagem se difundir, ser reconhecida, vista, torna-a perceptível para os sentidos, para a razão e para as políticas públicas.

O uso do termo deve se cingir à postulação lícita visando combater culturas ou políticas discriminatórias, prejudiciais ao homem e a sua dignidade, jamais para ofensas!

A rotulagem certa também potencializa a mensagem, fixa-a melhor.

Rótulos são diagnósticos imediatos e consigo carregam uma força própria. Um rótulo pode valer mais que dezenas ou centenas de palavras para indicar uma situação.

2 comentários:

Marcos Fernando disse...

Oi, amigão ! Vc deixou uma msg no meu blog e eu vim conhecer o seu. Realmente mt interessante ! Não conhecia e agora vou seu leitor assíduo, já tá nos meus favoritos. Tô te seguindo no google friend connect, depois retribui lá no meu, ok? Grande abraço !
http://umaverdadeconveniente.blogspot.com

Dee disse...

Não achei o termo Femismo na Wikipédia, é um bom lugar para começar. Pena que eu não sei mecher naquele treco.

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